O Brasil sofreu uma derrota decepcionante para o Paraguai por 1 a 0 nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026.
- Filipe Andrade
- 11 de set. de 2024
- 2 min de leitura
O que aconteceu
Mais uma atuação sem brilho nas Eliminatórias. Nesta terça-feira (10), em Assunção, veio a primeira derrota da passagem de Dorival Júnior como técnico da seleção. Mas faz tempo que o Brasil joga mal.
O gol paraguaio foi de Diego Gómez, ainda no primeiro tempo, com um chutaço de fora da área.
De nada adiantou apostar no trio do Real Madrid, formado por Rodrygo, Vini Jr. e Endrick no ataque — e essa combinação só durou 45 minutos, inclusive. O problema do Brasil foi mais profundo em termos de criação.
Foi a quarta derrota do Brasil em oito jogos das Eliminatórias. Até por isso, o quinto lugar é a realidade do momento.
Falta tempo ao Brasil? Mas do outro lado, foi apenas o segundo jogo do técnico Gustavo Alfaro à frente do Paraguai. E no jogo passado, o time dele empatou com o Uruguai.
A seleção ainda está na zona de classificação direta para a Copa, mas só porque a Fifa aumentou o número de participantes no Mundial para 48 seleções.
O Brasil volta a jogar em outubro, contra o Chile, em Santiago, e Peru, no Mané Garrincha, em Brasília.
O que deu errado no primeiro tempo
O Brasil só conseguiu uma finalização certa no primeiro tempo. Uma pobreza só. E ela veio depois de uma rara escapada de Vini Jr. pela esquerda, gerando um passe para Guilherme Arana. Junior Alonso salvou quase em cima da linha. Mas foi só isso.
Com a bola, o resto do jogo do Brasil teve trocas de passes lentas, falta de conexões no meio para achar os atacantes e tentativas isoladas, sem sucesso, de alguns dribles.
Defendendo, o Brasil passou poucos sustos também. Só que a eficiência paraguaia foi altíssima. Uma chance clara, um gol.
Neste caso, teve o mérito de Diego Gómez de acertar a batida de três dedos no canto de Alisson. Mas teve a falha brasileira — Gabriel Magalhães afastando mal e Bruno Guimarães sendo driblado facilmente na entrada da área.
Não só em Copa do Mundo, esse tipo de boleira custa caro.
Até melhorou. Mas não suficiente
O Brasil ficou mais assanhado na frente. Criou duas oportunidades em oito minutos. Mas as dificuldades técnicas e táticas falaram mais alto.
O Paraguai também, a essa altura, já não queria mais jogo. Fez de tudo para gastar tempo. E conseguiu. Tentou umas bolas esticadas, mas a cobertura brasileira, mais exposta, estava atenta.
O Brasil recorreu a alguns cruzamentos, mas a defesa paraguaia estava atenta. Tentou mais jogadas individuais, mas não ludibriou os marcadores. Deu um chutes de longe, mas Gatito Fernández estava seguro.
As entradas de Lucas Moura, Gerson e, depois, Estêvão foram as cartadas derradeiras. O enredo negativo para o Brasil continuou.
O Brasil não conseguiu fazer gol no Paraguai de tanta gente conhecida no Brasileirão, como Junior Alonso, Bobadilla, Gatito, Villasanti e Isidro Pitta. Os paraguaios até gritaram "olé" nos minutos finais do segundo tempo.
Dorival Júnior foi quem assegurou, na véspera do jogo, que "estaremos na decisão da Copa do Mundo". E disse que poderia ser cobrado.
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